Perde-se na memória dos tempos a distribuição do pão ao povo em memória de S. Sebastião, que no Coentral se chama o “Bodo”.
É sempre no mês de janeiro que o povo do Coentral comemora o Bodo de S. Sebastião. Esta cerimónia começa pela manhã com a missa, celebrada na igreja da aldeia. Depois faz-se a procissão. À tarde distribui-se pão e ramos de louro benzidos que guardam até ao ano seguinte.
Diz a tradição que este pão distribuído, dura o ano inteiro sem ganhar bolor e que traz sorte e abundância a quem o tem.
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Na aldeia de Pera também encontramos esta tradição mas no mês de setembro
A 13 de Maio de 2008, um grupo de companheiros ligados à música e com algum gosto pelos sons das cordas, decidem experimentar algo novo. A brincadeira começou e veio o verdadeiro gosto e não mais pararam. Fazem com que a vida seja uma festa constante! (Fotos Bruno Simões)
O Folclore foi sempre uma arte performativa muito apreciada pelos castanheirenses. Podemos referir que a partir da década de 30 do século passado surgiram vários Ranchos Folclóricos nas nossas aldeias. Em 1949, a Gestosa tinha um rancho que não se limitou a dançar e tocar músicas do folclore português, compôs letras e músicas que contavam a história da aldeia. O rancho do Vilar, O Rancho infantil e adulto da União Recreativa Sapateirense, O Rancho de Pera e o seu Grupo de Zés Pereira fizeram a alegria de muitas romarias por aqui. Alguns foram sendo extintos, por força da vida que levou as pessoas embora. Outros há que resistem e muito bem ao tempo como é o caso do Rancho Folclórico Neveiros do Coentral que comemorou o seu cinquentenário em 2014, com um trabalho riquíssimo de recolha de músicas e trajes da nossa região. Mais recentemente criaram o Grupo Fragas & Giestas, Cavaquinhos do Coentral com gente muito nova e cheia de vontade de preservar as tradições.
Fundada em 1880 por António Alves Bebiano, Visconde de Castanheira de Pera, tendo adquirido todo o instrumental necessário para a filarmónica e contratado o primeiro professor-músico que vinha da Lousã para dar aulas de solfejo e organizar a banda. O primeiro regente da filarmónica foi Joaquim Rodrigues Mateus que se manteve à frente da banda durante 30 anos. Depois, a banda foi passando por outros músicos de grande mérito como Mestre Rosa, Tibério Rodrigues Fernandes, Adelino Morato, José Medeiros, Asdrúbal Santos, Carlos Fontes e idílio Nunes.
Criada com o objetivo recreativo e educativo, a Filarmónica levou o nome de Castanheira de Pera longe, tendo atuado em muitos locais e aos microfones da Emissora Nacional referência no mundo radiofónico.
Ao longo da sua existência esta banda teve bons e maus momentos. Em determinada época viu o seu nome alterado para Filarmónica 1º de maio, depois Filarmónica 4 de julho. Em 1919 a sua direção esteve ligada ao Teatro Clube Castanheirense e de 1943 a 1974, ao Sindicato dos Lanifícios.
Em 1974 readquire a sua autonomia e organiza uma nova escola de música com o objetivo de formar jovens para integrarem o grupo. Ao mesmo tempo surge em 1988, o Grupo de Cantares da Casconha que pretendia divulgar o cancioneiro popular português e preservar algumas das canções da nossa terra. Teve presença em alguns programas de televisão e num espetáculo de artistas castanheirenses que decorreu no Teatro S. Luiz.
Por falta de elementos para a composição da banda e meios financeiros é desativada em 2000.
Médico, político, industrial e cidadão, o Doutor Marreca, como era carinhosamente tratado é uma figura incontornável da nossa história. Homem de fácil trato conseguiu sempre manter o equilíbrio entre as suas várias facetas. Como médico exerceu a sua profissão gratuitamente a maior parte das vezes. Como político, soube manter-se sempre isento recusando a filiação no regime do Estado Novo e teve um papel muito relevante em várias obras fundamentais para o desenvolvimento do concelho. Foi Presidente da Câmara de 1951 a 1963. Como industrial esteve sempre atento aos fenómenos da modernidade e à inovação.
Como cidadão foi sempre participativo na comunidade em grupos de teatro e como dirigente das principais associações do concelho.
Em 1995 a Câmara Municipal prestou-lhe uma merecida homenagem.
Aspiração de longas décadas, em 1953 é inaugurada a estrada que iria ligar Castanheira de Pera à Lousã. Foi uma das formas de quebrar o isolamento e aproximar este concelho, da cidade de Coimbra. As Alminhas que ainda hoje protegem os viajantes foram benzidas por D. Francisco Rendeiro, Bispo de Coimbra naquela época.
Em 1975, a aldeia das Fontes ganha uma nova vida com a inauguração da luz elétrica,
Nesse ano de 1995, para assinalar o Dia Mundial da Floresta, 21 de Março, as crianças de todas as escolas do concelho plantaram árvores em alguns espaços junto às antigas piscinas municipais. Concentraram-se depois na praça junto à Câmara Municipal, onde lhes foram dadas lembranças alusivas à data comemorada. Visitaram ainda uma exposição de papagaios de papel que estava patente no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal, organizada por Filipe Lopo.