Noémia Rodrigues

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Início do trabalho nos ranchos
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A vida dos ranchos nas quintas
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O rancho - Alimentação
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O rancho e malteses na borda de água
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O rancho e malteses no termo de Lisboa
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O capataz
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Festas e bailes
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Levar à ponta das oliveiras
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O fim dos ranchos
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Trabalho na aldeia
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Início do trabalho nos ranchos
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A vida dos ranchos nas quintas
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O rancho - Alimentação
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O rancho e malteses na borda de água
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O rancho e malteses no termo de Lisboa
O rancho e malteses no termo de Lisboa
O capataz
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Festas e bailes
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Levar à ponta das oliveiras
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O fim dos ranchos
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Trabalho na aldeia
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Título: Os ranchos e os trabalhos agrícolas
Nome: Noémia Rodrigues
Categoria: Memória / História de vida
Data de Nascimento: 1943
Local de Registo: Mosteiro
Concelho: Pedrógão Grande
Data de registo do vídeo: Outubro 2019
 
Resumo: 

Nos anos 50 do século XX, Noémia Rodrigues, entre os 12 e os 16 anos, foi em vários ranchos trabalhar para as terras da “Borda DÁgua” e “Termo de Lisboa” (sozinha, com o irmão, com a irmã ou os três juntos). Este fenómeno de migração, reflexo da falta de trabalho em Portugal, levava a que um elevado número de beirões, a pé, de burro ou autocarro se metessem ao caminho em busca do sustento familiar. Ranchos de pessoas de Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos, Castanheira de Pera, Pampilhosa da Serra, Gois, Ferreira do Zêzere, Ansião, Alvaiázere foram para os vastos campos do Ribatejo, Alentejo ou Extremadura Espanhola trabalhar nas ceifas, nos arrozais, nas vindimas e na apanha da azeitona. A partida dos ranchos para a “Borda d´ Água” e “Termo de Lisboa” era feita em épocas diferentes de acordo com o calendário agrícola. O capataz ou “manajeiro” era quem contratava e reunia o rancho para trabalhar nas ceifas fora da terra. Pela sua perspicácia ganhava a confiança do patrão das herdades, combinava ordenados e conquistava o respeito dos companheiros. No concelho de Pedrógão Grande, os ranchos para a “Borda d´ Água” e “Termo de Lisboa” eram reunidos pelo senhor António Correia (capataz), cerca de 30 ou 40 raparigas com idades entre os 11/14 anos e 4 ou 5 rapazes (normalmente os irmãos mais novos das raparigas). Os ranchos que se deslocavam para o “Termo de Lisboa” eram mais pequenos (7 ou 8 mulheres). Por volta do início de Fevereiro saiam para a “Borda d´ Água”, nas margens do rio Tejo, principalmente a esquerda, desde o Infantado até Samora Correia, passando pela Lezíria Grande e Benavente nas margens do rio Soraia. Os ranchos que iam para o “Termo de Lisboa”, partiam na mesma altura do ano para Paços de Arcos, Oeiras, Talaíde, Amadora, Carcavelos etc. Na segunda quinzena de julho regressavam à terra. Em finais de agosto voltavam a sair rumo às vindimas no Ribatejo (Almeirim, Benavente, Salvaterra de Magos etc.) e só voltavam após as vindimas no mês de Novembro ou mesmo Dezembro. O trabalho nos campos era de sol a sol, fins-de-semana e feriados, exceto Sexta-Feira Santa, Domingo de Páscoa e dia de Corpo de Deus. Os trabalhadores tinham meia hora para o almoço e uma hora para o jantar, sendo o horário alterado mediante a estação do ano. Nas terras da “Borda d´ Água”, mais baixas, cultivavam-se favas e cereais (trigo, cevada, alpista, aveia) regados através de canais abastecidos pelo Tejo e Soraia ou por valas como a “Vala Real” em que a quantidade de água e salinidade era controlada por comportas. As favas e os cereais necessitavam de ser “mondados” (limpos), seguiam-se as ceifas da fava, em maio, e depois os cereais, (cevada e trigo). Ceifar, atar, enrolhar, transportar para as debulhadoras, enfardar a palha e recolher o grão, eram as tarefas realizadas nos campos. Por altura das marés altas semeava-se o arroz (Maio) e só em junho/julho as mulheres faziam a “monda” e se necessário o transplante que consistia em arrancar pés de arroz onde estava mais basto e plantá-lo onde havia falta. No cultivo do arroz as mulheres entravam descalças nas “leiras” (sulco na terra onde se deitava a semente) cheias de água e arrancavam as ervas à mão, o mais difícil era a milhã (ervas daninhas) devido às grandes raízes e semelhança da folha. Este trabalho era feito pelas mulheres de saias arregaçadas para não as molhar, descalças ou com meias velhas, sem pés, para reduzir as picadas dos insetos e evitar que a pele das pernas secasse sempre que saíam da água ou mudavam de canteiro. Nos campos, as mulheres “entoavam” cantigas com quadras adaptadas aos trabalhos agrícolas e às terras para onde se deslocavam. No “Termo de Lisboa” as quintas eram mais pequenas do que nas terras da “Borda d Água, cultivava-se hortaliças e criação de gado bovino. Os produtos eram depois vendidos nas praças e feiras de Lisboa onde as mulheres do rancho aproveitavam para comprar peças do enxoval.

Artur Mateus

Título: Episódios de história de vida
Nome: Artur Santos Mateus
Categoria: Histórias de vida / Memórias
Data de nascimento: 1924
Local de registo: Figueiró dos Vinhos
Concelho: Figueiró dos Vinhos
Data de recolha: 2019

Resumo:

Artur Mateus nasceu em Figueiró dos Vinhos no dia 14 de julho de 1924. Nesta entrevista fala da sua infância, da escola e das brincadeiras de criança. Lembra um episódio que passou com o Mestre Malhoa e descreve o seu percurso profissional como empregado de balcão, guarda-livros e, mais tarde, contabilista. Trabalhou primeiro na “Loja dos Mesquitas” (uma antiga mercearia que, entre muitos produtos, vendia louças, vidros, manteiga e pão), depois na Sociedade de Lanifícios e por fim na Santa Casa. Através do discurso de Artur ficamos a conhecer alguns pormenores do quotidiano de Figueiró dos Vinhos entre as décadas 30 e 90 do século XX, nomeadamente a rotina de um armazém de lanifícios, o modo com esta atividade floresceu e terminou e o trabalho dos vendedores ambulantes. Percebemos como era o ambiente da vila, com as suas pensões, mercearias e tabernas. Artur recorda ainda alguns episódios de festa e outros de tristeza, como o incêndio que deflagrou em 1961 e destruiu as povoações de Casalinho e Vale do Rio.

Alice Morais

25 de abril | Alice Morais
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25 de abril | Alice Morais
25 de abril | Alice Morais
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Título: 25 de abril
Nome: Alice Morais
Categoria: Memória / História de vida
Data de nascimento: 1937
Local de registo: Arega
Concelho: Figueiró dos Vinhos
Data de recolha: 2019

Cesário Fernandes

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O trabalho na padaria
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A taberna / mercearia
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As festas e o Bodo
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Aparição de N.ª Senhora
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O roubo da Stª Luzia
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O Alfredo Ferrador
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Calcitrim Branco
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O trabalho na padaria
O trabalho na padaria
A taberna / mercearia
A taberna / mercearia
As festas e o Bodo
As festas e o Bodo
Aparição de N.ª Senhora
Aparição de N.ª Senhora
O roubo da Stª Luzia
O roubo da Stª Luzia
O Alfredo Ferrador
O Alfredo Ferrador
Calcitrim Branco
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Título: Episódios da história de Vida
Nome: Cesário Fernandes
Categoria: Memória / História de vida
Data de Nascimento: 1935
Local de Registo: Bolo
Concelho: Castanheira de Pera
Data de registo do vídeo: Outubro 2019

Resumo:

Cesário Fernandes nasceu no dia 20 de fevereiro de 1935. Nesta entrevista fala da sua infância, da ida à escola e dos trabalhos que realizou, primeiro como padeiro e, mais tarde, à frente de uma taberna/mercearia (que ainda possui em Bolo, Castanheira de Pera). Lembra a época em que a indústria de lanifícios trazia muitos fregueses à taberna. Recorda o que se vendia à medida ou em cartuxos na mercearia e, com humor, apresenta a especialidade da casa – o famoso “cálcitrim branco” (vinho branco com Seven Up). Cesário fala-nos das festas tradicionais locais, do Bodo de Pera e de episódios curiosos, como o roubo da imagem de St. Luzia ou a aparição da Nossa Senhora em Castanheira de Pera. Recorda com saudades o senhor Alfredo Ferrador, “endireita” conhecido regionalmente pelo seu dom de curar animais e pessoas.

Mercearia tradicional

Calendários, rádio, bico de gaz
Copos da taberna
Estantes de loja tradicional
Lenços tradicionais
Estantes, diversos
Cartas de racionamento
Aparos para escrita
Medidas de capacidade para cereais
Faixas de luto
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Calendários, rádio, bico de gaz
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Copos da taberna
Copos da taberna
Estantes de loja tradicional
Estantes de loja tradicional
Lenços tradicionais
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Estantes, diversos
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Cartas de racionamento
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Aparos para escrita
Aparos para escrita
Medidas de capacidade para cereais
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Faixas de luto
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Título: A taberna / mercearia tradicional
Nome: Protegido a pedido dos informantes
Categoria: PCI / Saber-Fazer
Data de Nascimento: 1937 / 1931
Local de Registo: Protegido a pedido dos informantes
Concelho: Pedrógão Grande
Data de registo do vídeo: Outubro 2019

Resumo:

Estes estabelecimentos são um testemunho dos hábitos da venda de produtos “à moda antiga”. A longevidade das mercearias/tabernas é visível no mobiliário e alguns elementos decorativos destes espaços. As mercearias foram os principais estabelecimentos comerciais das aldeias, vilas e cidades portuguesas até à década de 70 e 80. Nos dias de hoje são cada vez menos e a tendência para desaparecerem é cada vez maior. Conhecer as memórias de quem trabalhava atrás de um balcão é conhecer um pedaço da história das mercearias tradicionais cuja imagem de marca eram os armários de madeira para expor os produtos, caixas para cereais e legumes secos, as bilhas para azeite ou vinho em barro ou alumínio. Nestes locais vendia-se um pouco de tudo, desde artigos de retrosaria, comida e bebidas, azeite, fogões, ferragens e gasolina. Os bens como feijão, manteiga, café ou bolachas, frutos secos (caju, nozes, pinhões, amêndoas) eram vendidos avulso/granel (em cartuchos de papel ou medidas de madeira de diversos tamanhos) ou a peso. Estes estabelecimentos estão, normalmente, divididos em dois espaços diferentes que comunicam entre si. A mercearia de um lado e a taberna do outro. Na taberna (composta, usualmente, pelo balcão, frigorifico e algumas prateleiras) serve-se, em copos de diferentes tamanhos, o vinho, a cerveja e outras bebidas. Serve-se ainda algo para comer, como queijo e sandes diversas. Por motivos de privacidade os entrevistados não autorizaram a publicação dos seus testemunhos online. Esses registos fazem parte do arquivo do projeto e foram exibidos publicamente na exposição "Memória das Terras de Monsalude".

António Mendes: A Serralharia

Título: A serralharia
Nome: António Coelho Mendes
Categoria: Saber-Fazer / Ofícios
Data de nascimento: 1945
Local de registo: Aldeia Ana de Aviz
Concelho: Figueiró dos Vinhos
Data de recolha: 2019

Resumo:

António Mendes recorda como era o ofício do seu pai, ferreiro desde os anos 50 do século XX, altura em que a maior parte dos trabalhos consistia em construir carroças, engenhos para os poços e portões cravados (sem solda). Descreve e mostra com o antigo fole, a forja e engenhos de furar manuais, altura em que as próprias ferramentas e parafusos eram fabricados pelos ferreiros. Descreve a evolução do ofício e o início da serralharia, o aparecimento da luz, a compra do aparelho de solda e a de uma rebarbadora. Hoje produz, acima de tudo, grades e portões. Mostra como realiza alguns dos pormenores das grades e um trabalho na forja (o arranjo de um pico de pedreiro).

José Tavares

José Tavares
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José Tavares
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Título: Fabrico de barretes tradicionais
Nome: José Augusto Tavares de Jesus e Jacinto Coelho de Jesus (filho)
Categoria: PCI / Saber-Fazer
Data de Nascimento: 1962 / 1993
Local de Registo: Mini parque industrial do Safrujo
Concelho: Castanheira de Pera
Data de registo do vídeo: Outubro 2019

Resumo:

José Augusto de Jesus Tavares, com 57 anos à data desta entrevista (2019), fala-nos do fabrico de Barretes Tradicionais em Castanheira de Pera. À frente da fábrica JOTAVE desde os anos 80, José Tavares mantem a produção destes barretes, atividade desenvolvida em paralelo com a produção doutras peças de vestuário, especialmente meias. José Tavares descreve a evolução deste fabrico desde os anos 40 do século XX, quando uma grande parte dos homens portugueses usavam barrete (verde para os campinos e preto para os pescadores, agricultores e outros) até aos dias de hoje, com uma venda limitada deste produto.Os barretes tradicionais são feitos a partir de linha branca de lã (para o exterior) e preta e vermelha de algodão (para o gorro). José Tavares fabrica a malha num tear circular, já centenário. A malha é lavada para filtrar, ficando mais consistente e apertada. Depois vai para a tinturaria para ser tingida. A seguir, ainda com um grau de 50% de humidade, é cortada em diferentes tamanhos (existe 4 tamanhos de barretes, entre 50 cm e 35 cm). A malha cortada é colocada em formas de ferro e vai secar durante um dia ao sol ou em estufa. Por fim, são feitos os acabamentos, coloca-se o forro, cozem-se as costuras e junta-se o berloque.

Gilberto Almeida

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Os cardados
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A tinturaria e a tecelagem
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Os recursos hídricos
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As caldeiras
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Os desenhos e coleções
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O fecho das indústrias
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A tinturaria e a tecelagem
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Título: A indústria de Lanifícios
Nome: Gilberto Almeida
Categoria: PCI / Saber-Fazer
Data de Nascimento: 1950
Local de Registo: Museu Casa do Tempo / Castanheira de Pera
Concelho: Castanheira de Pera
Data de registo do vídeo: Outubro 2019

Resumo:

Gilberto Almeida fala-nos da carreira de técnico têxtil e da experiência de trabalhar em Castanheira de Pera. Relata a realidade de outra época, quando existia mais de uma dezena de fábricas a laborar na vila, o que criava uma dinâmica social e económica muito particular. Descreve a evolução desta indústria desde o uso dos recursos hídricos e das caldeiras até aos dias de hoje. Conforme percorre o seu percurso profissional ilustra os vários setores da produção têxtil. Através desta entrevista enuncia-se resumidamente no que consiste a cardação, a tinturaria, a tecelagem, o setor dos acabamentos e como se vendem as coleções. Fala-se dos desenhos têxteis básicos e casos curiosos da história desta indústria.